Zanzibar é uma região composta por 2 ilhas na costa da Tanzânia.
ela é conhecida pelo cenário obviamente arrebatador composto pelo mar azul-turquesa cristalino, areias brancas contrastantes e uma riquíssima fauna marinha (seu maior chamariz para o turismo).
sim, suas praias são estonteantes.
eu não mergulho.
talvez por isso esta suposta poesia ficará dentre as últimas recordações cinematográficas que terei de lá…
Zanzibar é uma cidade predominada pela poeira.
o acabamento está longe de ter seu fim. o lugar-comum da cidade é dentre os destroços intermináveis contrastantes às cores que vibram das vestes de seus moradores.
a sensação é de que a cidade sofreu um terremoto fortíssimo e, até então, não foi reerguida.
em contrapartida, existe outro indiscutível fato extraordinário em seu cenário: a somatória de tamanha pobreza junta à tamanha alegria e doçura dos africanos. tipo de coisa que ilumina a alma – e, apesar dos grandes pesares, nos aproxima uns dos outros da forma mais honesta possível.
não saí de lá com uma frustração. muito menos horrorizada ou afins.
vivenciei algo que nunca imaginaria existir, sentir, participar…
voltei tocada pelo povo e pelas cores vivas nas almas dos africanos (apesar da paleta 90% cinza de seus lares).
isso é áfrica.